O Vaticano divulgou nesta terça-feira (28) um novo texto sobre ética da inteligência artificial (IA), aprovado pelo Papa Francisco. O documento, elaborado por dois departamentos da Santa Sé, destaca os potenciais riscos da IA, especialmente em relação à desinformação gerada por essa tecnologia. A disseminação de notícias falsas, alimentada por sistemas controlados ou influenciados pela IA, pode prejudicar as fundações da sociedade, aumentando a polarização política e o descontentamento social. O Vaticano enfatiza que a regulamentação da IA deve ser rigorosa para evitar esses impactos negativos.
O Papa Francisco tem se mostrado atento às questões éticas envolvendo a IA nos últimos anos, expressando suas preocupações em várias ocasiões, como no Fórum Econômico Mundial e na cúpula do G7. O líder da Igreja Católica alertou sobre a necessidade de evitar que algoritmos decidam o destino das pessoas e destacou os desafios que a tecnologia impõe ao futuro da humanidade. O novo documento do Vaticano, intitulado “Antica et nova”, aborda os impactos da IA em áreas como mercado de trabalho, saúde e educação.
O Vaticano também ressaltou que, assim como em outras áreas da vida humana, a presença da sombra do mal é uma preocupação real no uso da IA. O documento sugere que uma avaliação moral da tecnologia deve considerar como ela é direcionada e utilizada, com ênfase na responsabilidade e nos riscos éticos envolvidos. O Vaticano pede uma abordagem cuidadosa e equilibrada para lidar com os avanços tecnológicos, sempre com atenção ao bem-estar social e ao respeito à dignidade humana.