As ações da Vale (VALE3) registraram forte alta de cerca de 3% nesta sexta-feira (17), impulsionadas por uma combinação de fatores positivos. O principal motor do crescimento foi o aumento de 1,71% no preço do minério de ferro, que fechou a R$ 803,5 por tonelada na Bolsa de Mercadorias de Dalian, impulsionado por dados econômicos favoráveis da China, que sugerem uma demanda resiliente. Além disso, a visão positiva do mercado para a mineradora também foi reforçada pela recomendação de compra do JPMorgan, que elevou o preço-alvo das ações de R$ 77 para R$ 87, refletindo um potencial de valorização de 65%.
O banco destacou que, nos últimos meses, a Vale superou várias incertezas, como a resolução do acordo de Mariana e a transição ordenada na gestão da empresa, fatores que contribuíram para uma melhoria em sua avaliação. A mineradora tem se destacado pela boa performance em seu negócio de minério de ferro, com uma produção sólida e redução de custos. A venda das ações pela Cosan, que havia sido um dos últimos fatores de pressão sobre os papéis, também contribuiu para o alívio nas incertezas em torno da companhia.
Além disso, a Vale tem se beneficiado da desvalorização do real, dado que 100% de suas vendas são realizadas em dólares e grande parte de seus custos estão denominados na moeda estrangeira. O JPMorgan também ressaltou a atratividade da empresa em termos de avaliação, destacando que a mineradora está negociada a múltiplos inferiores aos de seus concorrentes, o que aponta para uma possível oportunidade de compra. Apesar de melhorias nos fundamentos da empresa, as ações da Vale não apenas perderam valor recentemente, como também tiveram desempenho inferior ao de seus pares, o que configura uma desconexão e um potencial de valorização, segundo os analistas.