A produção de minério de ferro da Vale apresentou uma queda de 5% no último ano, somando 85,3 milhões de toneladas, de acordo com as estimativas do Bradesco BBI. Esse declínio foi atribuído à otimização do portfólio da mineradora, que priorizou produtos com margens mais altas, reduzindo a produção no sistema Sul. Por outro lado, a produção no S11D atingiu níveis recordes, o que ajudou a atenuar o impacto da queda. Apesar da redução na produção, as vendas de minério de ferro e pelotas caíram 10%, totalizando 81,2 milhões de toneladas.
O desempenho financeiro da Vale foi bem recebido pelo mercado, com algumas instituições financeiras revisando suas estimativas de Ebitda para o quarto trimestre de 2024. O Bradesco BBI manteve sua recomendação de compra, com um preço-alvo de US$ 13 por ADR, destacando a forte geração de caixa da mineradora. Já o Itaú BBA também reiterou recomendação de compra, projetando Ebitda de R$ 3,875 bilhões no período. O JPMorgan se mostrou otimista, com um preço-alvo de R$ 87, destacando a produção recorde no S11D e a alta nos prêmios de vendas.
Porém, o Morgan Stanley expressou uma perspectiva mais cautelosa, prevendo uma queda no Ebitda em comparação com o consenso de mercado, devido a preços mais baixos e desempenho inferior nas remessas de minério de ferro e pelotas. A Ativa Investimentos, por sua vez, ressaltou que o menor volume de embarques foi parcialmente compensado pela melhor qualidade do portfólio e recomendou uma visão neutra sobre as ações, com preço-alvo de R$ 75. Em suma, o cenário operacional da Vale foi considerado positivo, mas os analistas seguem com previsões variadas para o futuro próximo.