Em 2024, as mineradoras Vale e Petrobras distribuíram grandes valores em dividendos aos seus acionistas, com a Vale repassando R$ 22,96 bilhões e a Petrobras R$ 102,7 bilhões, segundo levantamento da Quantum Finance. A Vale, que teve um aumento nos dividendos devido à alta no preço do minério de ferro, reflete a natureza cíclica de seu negócio. Já a Petrobras, com uma postura mais focada na distribuição de recursos a partir de 2022, aumentou seus proventos devido a uma série de fatores internos, como a apreciação do dólar e o preço do petróleo Brent.
João Daronco, analista da Suno Research, observou que os resultados das duas empresas são positivos e refletem tanto questões macroeconômicas quanto ações internas específicas. A Vale se beneficiou com a valorização do minério de ferro, enquanto a Petrobras viu seus dividendos crescerem em virtude de uma gestão mais voltada à distribuição de lucros em vez de novos investimentos. Essa mudança de estratégia foi adotada pela petroleira ao longo de 2022.
Em relação à Petrobras, a CEO Magda Chambriard ressaltou que a empresa cumpre seu estatuto, o qual estabelece a distribuição de 45% do lucro líquido, o que assegura a continuidade dessa prática. Ela também afirmou que a empresa não tem previsões de distribuir lucros extraordinários no curto prazo. A postura de uma gestão mais focada em dividendos foi uma medida que gerou debate, mas foi defendida como parte do compromisso com os acionistas.