Quase seis anos após o rompimento da barragem em Brumadinho, Minas Gerais, que resultou na morte de 272 pessoas, a Vale afirma ter destinado R$ 64,5 bilhões em compromissos de reparação, dos quais R$ 48,55 bilhões já foram pagos. A empresa destaca que a busca pelos corpos de três vítimas ainda está em andamento e reconhece que não é possível reparar completamente a perda de vidas humanas. Além disso, a companhia tem investido em melhorias na qualidade de vida da região afetada, com foco em projetos de infraestrutura, saúde e desenvolvimento econômico local.
No âmbito do Acordo de Reparação Integral de 2021, firmado com órgãos governamentais, o montante total de R$ 37,7 bilhões já resultou em R$ 32,05 bilhões desembolsados pela Vale, principalmente para ações de obras e intervenções nas áreas afetadas. A maior parte dos investimentos já foi direcionada a obras em colaboração com o poder público, enquanto uma parte significativa ainda está em execução em áreas como educação, transporte e saúde. A execução dos projetos foi mais lenta devido à necessidade de aprovação e ajustes com as comunidades locais.
Para mitigar os impactos econômicos da desativação da Mina do Feijão, a Vale implementa iniciativas voltadas à diversificação da economia local. Entre as ações, destaca-se o desenvolvimento de um programa de turismo em Brumadinho e a preparação de um terreno de 1,2 milhão de metros quadrados para receber indústrias, com investimentos previstos de R$ 170 milhões. Esses projetos visam criar novas oportunidades de emprego e reduzir a dependência da mineração, contribuindo para o crescimento sustentável da região.