O empresário José André da Rocha Neto, proprietário da Vai de Bet, forneceu uma nova versão sobre a negociação que levou à assinatura do contrato de patrocínio com o Corinthians, o qual foi rescindido unilateralmente em junho de 2024. Durante depoimento à Polícia Civil, ele afirmou que foi ele quem procurou o clube para oferecer o acordo, contradizendo a versão de um intermediário, que alegou ter encontrado a marca por meio de uma pesquisa no ChatGPT. Rocha Neto negou ainda qualquer envolvimento do intermediário nas negociações e revelou detalhes sobre a interação com o Corinthians, incluindo o papel de um empresário de Goiânia que ajudou a viabilizar a reunião com o clube.
O contrato entre a Vai de Bet e o Corinthians envolvia um pagamento de R$ 360 milhões, com parcelas mensais e uma comissão destinada a uma empresa intermediária, cujos repasses geraram investigações. Em seu depoimento, Rocha Neto disse que a intermediação foi acordada de forma rápida, sem complicações, e mencionou que a rescisão do contrato foi motivada pela repercussão negativa da parceria. O empresário também contou que, após a publicidade do caso, acionou sua equipe jurídica para lidar com a crescente onda de notícias desfavoráveis, inclusive sobre a suspeita de envolvimento de uma empresa de fachada.
Em contraste, o intermediário Alex Cassundé apresentou uma versão diferente, dizendo que, ao buscar por uma casa de apostas, encontrou a Vai de Bet com a ajuda do ChatGPT e levou o contato ao Corinthians. Ele também negou ter cobrado por sua parte no negócio e afirmou ser vítima de um golpe relacionado a um pagamento. A Polícia Civil segue investigando o caso, com foco em movimentações financeiras e outras evidências, enquanto o Tribunal de Justiça de São Paulo analisava questões envolvendo a gestão do clube, incluindo o possível impeachment do presidente do Corinthians.