Em 2025, o Brasil adotou um novo esquema vacinal contra a poliomielite, substituindo a tradicional vacina oral (gotinhas) pela versão injetável, administrada aos 2, 4 e 6 meses de vida. Além disso, uma dose de reforço também será aplicada aos 15 meses. A mudança foi realizada após a análise de evidências científicas e recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), que alertam para os riscos da vacina oral em contextos sanitários precários. A decisão visa prevenir surtos da doença e tem como objetivo garantir uma proteção mais segura para a população infantil.
A vacina inativada poliomielite (VIP) já vinha sendo utilizada no país nos primeiros meses de vida, mas a dose oral foi definitivamente retirada do calendário em 2024. Além da eliminação da vacina oral, o Ministério da Saúde informou que a segunda dose de reforço, que antes era aplicada aos 4 anos, não é mais necessária, pois o esquema com quatro doses oferece a proteção suficiente. A mudança também visa aumentar as coberturas vacinais, que apresentaram queda nos últimos anos, com a cobertura de 2022 ficando em 77,19%, abaixo da meta de 95%.
O novo calendário de vacinação do Brasil abrange 19 vacinas, que garantem a proteção contra diversas doenças ao longo da vida, incluindo sarampo, rubéola, tétano e coqueluche. A imunização é considerada uma das estratégias mais eficazes para a preservação da saúde pública, sendo coordenada pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI). A vacinação infantil é fundamental para reduzir a disseminação de doenças, especialmente para proteger aqueles que, por questões de saúde, não podem ser vacinados.