A Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto, SP, iniciou nesta segunda-feira (13) uma campanha de vacinação itinerante contra a febre amarela, devido à baixa adesão ao imunizante e à descoberta de mais macacos mortos no campus. Seis macacos da espécie bugio foram encontrados mortos até a última sexta-feira (10), sendo quatro deles confirmados com a doença. Em resposta, equipes de saúde da USP e da Secretaria Municipal de Saúde percorrerão não apenas os departamentos da universidade, mas também bairros próximos, como Jardim Recreio e Avenida do Café, até a próxima sexta-feira (17), com o objetivo de aumentar a cobertura vacinal na região.
Além disso, o governo estadual remanejou 20 mil doses da vacina para o município, e o Ministério da Saúde enviará mais 100 mil doses nos próximos dias. A vacinação está focada principalmente nas pessoas que ainda não se imunizaram, além de cerca de quatro mil crianças que não completaram o esquema vacinal. A prefeitura também iniciou ações de contato com os pais para garantir que as crianças sejam vacinadas. De acordo com as autoridades de saúde, quem não puder ser vacinado pela equipe itinerante pode verificar sua carteira de vacinação e procurar uma unidade de saúde para receber a dose.
Desde 2017, o Brasil adotou um esquema vacinal único contra a febre amarela, com a aplicação de uma dose única durante toda a vida, em conformidade com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). A vacinação é recomendada para quem reside ou pretende viajar para áreas com risco de transmissão da doença. A febre amarela é transmitida por mosquitos, como os Haemagogus, Sabethes e Aedes aegypti, e não por macacos, que são apenas hospedeiros do vírus.