Entre 2014 e 2024, o Brasil registrou um aumento significativo nos atendimentos relacionados a transtornos de ansiedade entre crianças e adolescentes. A pesquisa do Ministério da Saúde aponta um crescimento de quase 2.500% nos casos entre crianças de 10 a 14 anos, e um aumento ainda mais acentuado, de 3.300%, entre adolescentes de 15 a 19 anos. Especialistas afirmam que o uso excessivo de dispositivos eletrônicos, especialmente celulares, tem contribuído para o agravamento de problemas emocionais, como ansiedade e depressão, além de prejudicar a qualidade do sono.
Os impactos negativos da exposição prolongada a telas são explicados por especialistas, que destacam tanto o que é perdido quanto o que é consumido através desses dispositivos. Crianças e adolescentes que passam muito tempo no celular deixam de se engajar em atividades físicas, brincadeiras e interações sociais, essenciais para o desenvolvimento. Além disso, o conteúdo consumido na internet, muitas vezes filtrado por algoritmos, pode ser nocivo, com mensagens agressivas, fúteis e até mesmo preconceituosas, que afetam o bem-estar mental dos jovens.
O uso excessivo de celulares também pode interferir no sono de crianças e adolescentes, agravando ainda mais os problemas emocionais. Especialistas alertam para a necessidade de equilibrar o tempo de tela com atividades ao ar livre e maior acompanhamento por parte de pais e cuidadores. O uso consciente desses dispositivos é fundamental para proteger a saúde mental dos jovens e promover um desenvolvimento saudável e equilibrado.