A utilização de cheques no Brasil caiu 18,4% em 2024 em comparação ao ano anterior, totalizando 137,6 milhões de transações. Este é o menor volume desde o início da série histórica, em 1995, quando foram compensados 3,3 bilhões de cheques. O valor total das transações envolvendo cheques também apresentou queda de 14,2%, alcançando R$ 523,19 bilhões no ano passado. Apesar da digitalização crescente nos meios de pagamento, o cheque ainda é utilizado por alguns clientes e estabelecimentos comerciais.
A resistência ao uso de métodos digitais, especialmente em regiões com acesso limitado à internet, e o uso do cheque como caução em transações mais complexas são algumas das razões para a continuidade de sua utilização no Brasil. De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), muitos consumidores ainda preferem o cheque, principalmente em transações de maior valor. O estudo aponta também que o valor médio de cada cheque em 2024 foi de R$ 3.800,87, mostrando que as operações com esse meio de pagamento são direcionadas a valores mais elevados.
Em contraste, os pagamentos do cotidiano, especialmente os de menor valor, têm sido cada vez mais realizados por meio do Pix. Esse comportamento reflete uma transição nas preferências de pagamento da população brasileira, com o Pix ganhando força, especialmente no comércio eletrônico. Com a tendência de queda no uso de cheques e o crescimento do Pix, espera-se que, em 2025, o sistema de pagamentos instantâneos ultrapasse os cartões de crédito nas transações online.