O uso excessivo e descontrolado de celulares por crianças e adolescentes tem gerado debates sobre seus impactos na educação, com preocupação de educadores, pais e especialistas sobre a diminuição da concentração e a interação social entre os alunos. Muitos estados brasileiros já haviam restringido o uso dos aparelhos em sala de aula antes da sanção de uma lei federal, aprovada em janeiro de 2025, que limita seu uso em escolas públicas e privadas. A legislação permite a utilização do celular para fins pedagógicos, desde que seja orientada pelos professores.
A aplicação do celular como ferramenta pedagógica é uma questão debatida, e especialistas sugerem que, com a mediação adequada, o dispositivo pode ser um aliado no processo de aprendizagem. Para isso, é fundamental que professores sejam treinados para explorar as diversas funcionalidades dos aparelhos, como internet e aplicativos educativos. Apesar disso, o uso indiscriminado dos celulares tem sido associado a desafios no processo de ensino, afetando a capacidade de os alunos se concentrarem e realizarem atividades como leitura e escrita.
Alguns resultados da restrição do uso de celulares nas escolas já podem ser observados, como a diminuição de incidentes de bullying e cyberbullying. Em algumas escolas, as mudanças no comportamento dos alunos também são notadas, com maior interesse em atividades fora do celular, como esportes e estudos. No entanto, especialistas ressaltam que o uso pedagógico do celular deve ser bem planejado e implementado de forma estratégica para garantir benefícios no aprendizado sem comprometer o foco dos estudantes.