A UNRWA, agência das Nações Unidas responsável por assistir refugiados palestinos, continua suas operações humanitárias de forma ininterrupta, apesar das novas legislações israelenses que cortam vínculos com a organização. A legislação aprovada pelo parlamento de Israel em outubro de 2024 proíbe a UNRWA de operar no país e impede qualquer contato das autoridades israelenses com a agência, com as restrições entrando em vigor no dia 30 de janeiro de 2025. A agência, no entanto, reafirmou seu compromisso em continuar prestando assistência a comunidades vulneráveis, especialmente na Cisjordânia, Gaza, Líbano, Síria e Jordânia.
Israel acusa alguns membros da UNRWA de estarem associados a grupos armados como o Hamas, o que alimentou as tensões em torno da agência. A UNRWA, por sua vez, destaca a importância de seus serviços médicos e educacionais, especialmente em locais como Jerusalém Oriental, onde atende a milhares de pessoas em situação de vulnerabilidade. A interrupção desses serviços pode agravar a crise humanitária enfrentada por milhões de palestinos que dependem da assistência internacional.
A proibição israelense tem gerado preocupações internacionais, com países como Inglaterra, França e Alemanha criticando o bloqueio imposto à UNRWA. O impacto das restrições pode afetar gravemente a educação, a saúde e a ajuda humanitária em um contexto já devastado pela guerra, que resultou em milhares de mortos e um deslocamento massivo da população palestina, especialmente na Faixa de Gaza. A comunidade internacional segue acompanhando de perto os desdobramentos dessa situação, com diversas entidades alertando para uma crise humanitária em expansão.