A União Europeia está considerando a possibilidade de afrouxar as sanções impostas à Síria, mas exige que haja uma transição política inclusiva que reflita a diversidade do país. A alta representante do bloco para assuntos estrangeiros, Kaja Kallas, afirmou que esse processo está condicionado à criação de uma nova estrutura política que atenda aos diversos grupos sírios. Kallas, que participa de encontros com ministros de Relações Exteriores de países do Golfo, Oriente Médio e Europa, afirmou que as discussões também envolverão o ministro de Relações Exteriores sírio, Hassan al-Shibani.
As sanções europeias à Síria começaram em 2011, como resposta às repressões violentas do regime sírio contra manifestantes contrários ao governo de Bashar al-Assad. As medidas incluem restrições à importação de petróleo, venda de produtos de uso militar e barreiras a investimentos, afetando profundamente a economia do país. O objetivo das sanções foi pressionar o regime sírio a cessar a violência e a respeitar os direitos humanos.
Entretanto, com a recente mudança no poder, com a queda do regime de Assad, a União Europeia começa a reavaliar a aplicação dessas restrições. O novo governo, liderado por forças com histórico de vínculos com grupos extremistas, promete tratar todos os sírios de maneira equitativa, embora ainda exista ceticismo sobre o cumprimento desses compromissos após a consolidação do novo regime. O bloco europeu analisa agora como amenizar as sanções sem comprometer os princípios de direitos humanos e estabilidade na região.