A Universidade Federal do Maranhão (UFMA) tem se dedicado a melhorar a permanência de estudantes trans no ensino superior. Dos 62 pedidos de mudança de nome social feitos, apenas 11 permanecem matriculados nos cursos de graduação. Para apoiar esses alunos, a universidade criou a Divisão de Gênero e Diversidade (DIGED), que visa tornar o ambiente universitário mais inclusivo e acolhedor, combatendo o preconceito e promovendo a igualdade. Jennifer Flores, aluna de Teatro da UFMA, é um dos exemplos de sucesso dentro desse programa, destacando o apoio recebido e o impacto positivo de um ambiente acadêmico mais aberto à diversidade.
A criação da DIGED reflete o esforço da UFMA em garantir que alunos trans se sintam acolhidos e possam se manter na universidade. A divisão realiza campanhas de conscientização sobre violência de gênero e discriminação, focando em apoiar grupos historicamente marginalizados, como pessoas trans e LGBTQIA+. A chefe da DIGED, Gisa Carvalho, reforça que o objetivo principal da iniciativa é a inclusão, não apenas no ingresso, mas também na permanência dos alunos trans na universidade, com ações específicas para atender suas necessidades.
O contexto de abandono escolar entre pessoas trans é alarmante no Brasil, com altas taxas de evasão no ensino médio e uma presença extremamente reduzida no ensino superior. Estudiosos e ativistas, como Lohanna Pausini, destacam os desafios enfrentados pela comunidade trans, que frequentemente se vê marginalizada pela sociedade, especialmente em áreas como o mercado de trabalho e a educação. A criação de políticas públicas de inclusão educacional é apontada como essencial para mudar essa realidade, promovendo um ambiente mais justo e acessível para todas as pessoas.