O governo ucraniano decidiu não renovar o contrato para o transporte de gás natural russo através de seu território, que estava em vigor desde 1991. A medida, anunciada em 1º de janeiro de 2025, resulta na perda de uma receita anual de cerca de R$ 5 bilhões para a Ucrânia, enquanto a Rússia deixa de arrecadar aproximadamente R$ 30 bilhões com a interrupção dessa rota. O gasoduto, utilizado para exportar um terço do gás russo para a Europa, era um canal importante para o abastecimento energético do continente.
Com a decisão, a Europa já sente o impacto, mas de forma mais localizada. A dependência do gás russo, que antes representava 40% do abastecimento europeu, caiu significativamente para cerca de 10% devido aos esforços de diversificação nas fontes de energia. Apesar disso, três países ainda serão severamente afetados pela interrupção: Áustria, Eslováquia e Moldávia, que enfrentam temperaturas rigorosas no inverno e dependem da energia russa para garantir o fornecimento durante os meses mais frios.
A União Europeia tem a expectativa de interromper completamente a importação de gás natural da Rússia até 2027, como parte de sua estratégia para reduzir a dependência energética do país em meio à guerra em curso. O primeiro-ministro da Moldávia, por exemplo, acusou a Rússia de usar a energia como uma ferramenta de pressão política, refletindo a crescente tensão no fornecimento de recursos energéticos vitais para a região.