A Ucrânia intensificou seus ataques na região de Kursk, na Rússia, com um contra-ataque surpresa contra as forças russas em diversos locais da área. De acordo com fontes ucranianas, o objetivo é impedir o avanço das tropas russas e reforçar o controle sobre territórios anteriormente tomados, como parte de uma incursão iniciada em agosto de 2024. O chefe do Centro Ucraniano de Combate à Desinformação afirmou que a ofensiva incluiu ataques coordenados com o uso de guerra eletrônica, dificultando a ação dos drones russos. Embora a Rússia tenha alegado que os ataques foram repelidos, com a destruição de veículos blindados e tanques ucranianos, não foi possível confirmar independentemente os relatos.
O avanço das forças ucranianas em Kursk foi amplamente discutido em mídias russas, incluindo blogs militares que reconheceram o progresso ucraniano na área, especialmente em direção à vila de Berdin. Além disso, o envolvimento de tropas da Coreia do Norte, supostamente posicionadas ao lado das forças russas, tem sido um ponto de destaque, com a Ucrânia e analistas ocidentais indicando a presença de até 11 mil soldados norte-coreanos na região. A situação tem gerado especulações sobre os motivos de Kiev para aprofundar os ataques no território russo, sendo uma possível estratégia para fortalecer sua posição em futuras negociações de cessar-fogo.
O conflito em Kursk representa um novo capítulo na guerra entre Rússia e Ucrânia, marcada por confrontos intensos desde a invasão russa em 2022. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que a ofensiva tem sido eficaz, com pesadas baixas russas, incluindo um batalhão de soldados norte-coreanos. Por outro lado, o presidente russo, Vladimir Putin, minimizou os avanços ucranianos, mas não forneceu uma previsão clara de quando a Rússia conseguiria recapturar a região. O cenário continua tenso, com o conflito se intensificando e afetando não apenas os países diretamente envolvidos, mas também provocando uma resposta global, dada a escalada das tensões geopolíticas.