A Ucrânia anunciou, nesta quarta-feira (1), a interrupção do fornecimento de gás russo que transitava pelo seu território para a Europa, em um movimento que ocorre após o término de um acordo de trânsito estabelecido antes do início da guerra, no final do ano passado. Segundo o ministro da Energia da Ucrânia, Herman Halushchenko, a decisão foi tomada em nome da segurança nacional do país. A medida representa um marco histórico, pois enfraquece a posição da Rússia no mercado de energia e está em consonância com a estratégia europeia de reduzir gradualmente a dependência do gás russo.
A Rússia, por meio da empresa Gazprom, reagiu informando que não há condições técnicas ou legais para enviar gás via Ucrânia, uma vez que Kiev recusou-se a renovar o acordo de trânsito. Isso impacta diretamente a cadeia de fornecimento de gás para vários países europeus, especialmente em um contexto de crise energética exacerbada pela guerra. A Gazprom ainda ressaltou que o bloqueio ao fornecimento ocorre devido à falta de um novo entendimento entre as partes.
Este acontecimento reforça a decisão da Europa de buscar alternativas ao gás russo, uma estratégia que vem sendo adotada progressivamente, com o objetivo de diminuir a dependência energética de Moscou. Para a Rússia, a perda desses mercados resulta em prejuízos financeiros significativos, o que pode ter implicações econômicas de longo prazo, especialmente considerando o impacto no setor energético global.