A Ucrânia interrompeu nesta quarta-feira, 1º de janeiro, o fornecimento de gás russo para a Europa, após o término de um acordo de trânsito pré-guerra que vigorava até o final de 2023. O ministro da Energia da Ucrânia, Herman Halushchenko, anunciou a decisão como uma medida voltada à segurança nacional, após o governo ucraniano se recusar a estender o contrato que permitia o transporte do gás através de seu território.
Essa ação representa um marco importante no cenário energético europeu, já que a Rússia perde um canal estratégico para o fornecimento de gás ao continente. A Europa já vinha adotando medidas para reduzir sua dependência do gás russo, alinhando-se, assim, com a decisão da Ucrânia. A interrupção do fornecimento pode acirrar ainda mais a crise energética e afetar as finanças da Rússia, que enfrentará perdas com a redução de seus mercados consumidores.
A Gazprom, empresa estatal russa de energia, declarou que não tem condições técnicas ou legais de continuar o envio de gás via Ucrânia, devido à recusa de Kiev em renovar o acordo de trânsito. Esse fato intensifica as dificuldades para a Rússia, que busca alternativas para manter seu fornecimento de energia à Europa enquanto as tensões geopolíticas seguem em escalada.