Vândalos danificaram o túmulo de Jean-Marie Le Pen, fundador do partido político francês de extrema-direita, nesta sexta-feira (31). O túmulo, localizado em La Trinité-sur-Mer, na região da Bretanha, foi encontrado desfigurado três semanas após sua morte aos 96 anos. A neta de Le Pen, Marion Marechal, fez uma publicação sobre o ocorrido, expressando indignação e afirmando que o ato de vandalismo não os intimidaria, mas, ao contrário, fortaleceria sua determinação em defender suas ideias.
Le Pen, figura polêmica na política francesa, ficou conhecido por suas opiniões controversas sobre imigração e globalização, além de declarações minimizando o Holocausto. Sua morte provocou reações diversas, com alguns manifestando alívio e outros lamentando sua partida. Sua filha, Marine Le Pen, assumiu a liderança do partido, agora rebatizado como Reunião Nacional, e tem buscado atrair eleitores de perfil mais centrista, com vistas às eleições presidenciais de 2027.
Em resposta ao ato de vandalismo, o parlamentar do partido Jean-Philippe Tanguy afirmou que o incidente não teria qualquer impacto sobre a linha política do grupo, sugerindo que os responsáveis por esse ato seriam os mesmos que comemoraram a morte de Le Pen nas ruas de Paris. Tanguy evitou condenar diretamente os envolvidos, utilizando o episódio como uma oportunidade para reforçar a postura do partido diante da polarização política no país.