Donald Trump, pela primeira vez, demonstrou que suas ameaças de tarifas e sanções não são apenas palavras vazias, ao enfrentar a Colômbia em uma disputa envolvendo tarifas emergenciais sobre produtos colombianos. A situação surgiu após o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, se negar a permitir o pouso de aviões militares que transportavam imigrantes deportados dos Estados Unidos, alegando que eles não deveriam ser tratados como criminosos. Em resposta, Trump impôs a possibilidade de taxas de importação severas sobre produtos colombianos, o que levou Petro a ceder e aceitar as condições americanas para evitar consequências econômicas graves.
Essa pressão gerou uma mensagem clara para outros países: ou atendem às exigências dos Estados Unidos, ou enfrentam pesadas consequências econômicas. A Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos convocou uma reunião de emergência para discutir a questão das deportações em massa e as implicações das medidas de Trump. Além disso, a situação com a Colômbia é parte de uma estratégia maior de Trump, que vem ameaçando uma série de países com sanções econômicas, como o Canadá, o Panamá e a Dinamarca, além de pressionar a Rússia a negociar o fim da guerra na Ucrânia.
Trump, desde o início de seu segundo mandato, tem utilizado ameaças tarifárias como uma ferramenta para afirmar sua posição nas negociações internacionais. Embora a ameaça de tarifas tenha levado a Colômbia a ceder, a resposta de outros países ainda está em aberto, e a pressão sobre as economias latino-americanas continua sendo uma estratégia central do governo dos Estados Unidos.