Nesta segunda-feira (20), os Estados Unidos comemoram o Dia de Martin Luther King, Jr., enquanto Donald Trump assume seu segundo mandato como presidente, em uma cerimônia marcada por grande expectativa econômica. A posse de Trump, que ocorre na Rotunda do Capitólio, será observada de perto pelos mercados, que aguardam suas primeiras medidas no governo, como possíveis cortes de impostos, desregulamentação e o impacto de suas políticas sobre a imigração. Analistas, como Andressa Durão e Fabio Kanczuk, destacam que a agenda do presidente pode provocar volatilidade, com efeitos potencialmente negativos sobre a economia global e o Brasil, especialmente em relação à inflação e à taxa de juros.
Enquanto o novo governo dos EUA promete movimentar os mercados, o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, também atrai atenção, reunindo líderes globais para discutir temas como crescimento econômico e inovação tecnológica. No Brasil, a agenda econômica inclui a divulgação do Relatório Focus, que traz atualizações sobre as expectativas do mercado, além de uma reunião ministerial convocada pelo presidente Lula. O país também se prepara para um leilão de US$ 2 bilhões realizado pelo Banco Central, no contexto de incertezas externas e internas que impactam o cenário financeiro.
No campo das políticas internas, o governo brasileiro discute medidas fiscais, como a reforma do Imposto de Renda, que visa aumentar a carga sobre os mais ricos, enquanto o ministro Fernando Haddad busca estratégias para controlar a dívida pública e estimular o crescimento. Além disso, o mercado de energia e a economia verde ganham relevância com investimentos no setor de energias renováveis, como as usinas eólicas e solares. O Brasil continua a reforçar sua posição como parceiro estratégico para os Estados Unidos, especialmente em áreas de alta tecnologia e energia, apesar dos desafios relacionados à guerra fiscal internacional e ao cenário político interno.