Antes mesmo de tomar posse para seu segundo mandato, Donald Trump já se envolveu diretamente nas negociações para o cessar-fogo em Gaza, buscando consolidar sua liderança no Oriente Médio. A escalada do conflito entre Israel e o grupo Hamas desde outubro de 2023 levou o governo dos Estados Unidos a atuar de forma intensiva na região. Trump, por meio de seu enviado especial, Steve Witkoff, pressionou os líderes locais para avançar nas discussões de um acordo que vem sendo negociado por mais de um ano, com a participação de representantes de diversos países, como Egito e Catar.
Ambos os principais líderes americanos, Joe Biden e Donald Trump, estão tentando se apropriar dos méritos desse acordo, com Trump destacando sua intenção de fortalecer os Acordos de Abraão e buscar novas alianças, como com a Arábia Saudita. Em seu primeiro mandato, o republicano já havia adotado uma postura firme em relação a Israel, o que foi mantido em sua abordagem atual. A assinatura do cessar-fogo é vista como um passo importante, mas sua implementação ainda enfrenta desafios significativos, especialmente devido às tensões internas em Israel e à resistência de setores políticos ao acordo.
Em paralelo, o novo governo de Trump deverá manter políticas externas agressivas, com foco no fortalecimento das relações com Israel e no aumento das sanções contra o Irã. A expectativa é que o republicano continue a adotar uma abordagem de apoio irrestrito ao Estado israelense, ao mesmo tempo em que busca marginalizar adversários regionais e implementar sua visão de paz por meio de uma pressão contínua sobre os atores da região.