O presidente Donald Trump suspendeu um programa de asilo que permitia que imigrantes agendassem entrevistas para solicitar refúgio nos Estados Unidos. O sistema eletrônico, conhecido como CBP One, foi desativado, e todos os agendamentos pré-existentes foram cancelados. A medida, que entrou em vigor logo após a posse de Trump, afetou diretamente milhares de imigrantes que aguardavam a oportunidade de buscar uma nova vida nos EUA. Muitos, como a venezuelana Nidia Montenegro, chegaram à fronteira mexicana com grandes expectativas, apenas para ver seus sonhos desmoronarem ao verificar a invalidação de seus compromissos.
Entre os imigrantes, a frustração e o desespero se espalharam rapidamente. Nidia, que havia sobrevivido a situações traumáticas, incluindo um sequestro no México, estava a caminho de um reencontro com seu filho em Nova York, após mais de um ano separados. No entanto, o cancelamento repentino da entrevista a deixou perdida e sem saber o que fazer. Em outros pontos da fronteira, cenas semelhantes de imigrantes em choque se repetiam, com muitos tentando, em vão, acessar o aplicativo ou contatar familiares para relatar a situação.
A medida faz parte de um conjunto de políticas mais amplas anunciadas por Trump para aumentar o controle sobre a imigração e reforçar a segurança na fronteira. Embora tenha sido uma das primeiras ações do novo governo, o impacto imediato foi devastador para muitos que buscavam uma chance de recomeçar nos Estados Unidos. A suspensão do programa e a incerteza gerada pelo cancelamento dos agendamentos refletem a dureza das novas políticas de imigração, deixando imigrantes em uma posição ainda mais vulnerável.