Em sua segunda coletiva de imprensa desde a eleição, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou planos de mudanças significativas no cenário geopolítico. Trump revelou sua intenção de renomear o Golfo do México para “Golfo da América”, justificando que os EUA realizam grande parte das atividades na região. A proposta gerou questionamentos sobre como a mudança seria implementada, se apenas no nome ou também com implicações políticas e econômicas. Além disso, o republicano reiterou sua postura em relação ao México e ao Canadá, destacando a implementação de tarifas elevadas para combater o tráfico de drogas, e expressou sua insatisfação com o controle de áreas estratégicas como o Canal do Panamá e a Groenlândia.
Durante a coletiva, Trump também fez declarações contundentes sobre a política externa dos EUA, criticando a gestão de Joe Biden, principalmente em relação à guerra na Ucrânia e à aliança da OTAN. O ex-presidente afirmou que, caso fosse o comandante, o conflito na Ucrânia não teria ocorrido e sugeriu alterações substanciais nos aportes financeiros à organização. Também anunciou que consideraria sanções econômicas à Dinamarca devido à administração da Groenlândia, um território estratégico no Atlântico Norte. A relação com o Oriente Médio também foi abordada, com Trump mencionando sua intenção de tomar medidas severas contra o grupo Hamas se os reféns israelenses não forem libertados até sua posse.
Por fim, Trump criticou diversas instituições, incluindo o sistema judiciário de Nova York, e manteve suas acusações sobre investigações em curso, chamando-as de “fraudulentas”. Sua abordagem desafiadora ao status quo e sua retórica sobre questões de segurança nacional e comércio indicam que ele planeja uma política externa mais assertiva, com foco na soberania dos EUA e maior controle sobre territórios estratégicos. As propostas e declarações continuam a gerar repercussões dentro e fora dos Estados Unidos, levantando dúvidas sobre a viabilidade e as consequências dessas ações.