O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, propôs mudar o nome do Golfo do México para “Golfo da América”, alegando que os EUA realizam a maior parte das atividades na região. A sugestão, feita durante uma entrevista em sua residência na Flórida, gerou reações imediatas. Trump não detalhou como a mudança seria implementada, mas a deputada republicana Marjorie Taylor Greene anunciou sua intenção de apresentar um projeto de lei para formalizar a proposta.
No entanto, a mudança de nome enfrenta obstáculos significativos, já que o Golfo do México é um corpo d’água compartilhado entre os Estados Unidos, México e Cuba. O México, através de sua presidente, Claudia Sheinbaum, já se posicionou contra a ideia, sugerindo que os EUA poderiam ser renomeados como “América Mexicana”. Além disso, a proposta precisaria da aprovação de organismos internacionais, como a Organização Hidrográfica Internacional e a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, que reconhecem o nome “Golfo do México”.
Apesar da oposição, Trump poderia, em teoria, promover mudanças dentro dos Estados Unidos, com o apoio do Conselho para Nomes Geográficos (BGN). No entanto, a mudança unilateral não garantiria que o novo nome fosse reconhecido internacionalmente. Para ilustrar sua capacidade de reverter decisões geográficas, o ex-presidente Barack Obama alterou o nome do Monte McKinley para Denali, uma mudança que também gerou controvérsias entre os dois países.