O governo Trump anunciou novas diretrizes que possibilitam a deportação rápida de imigrantes que entraram temporariamente nos Estados Unidos por meio de programas do governo Biden. A medida afeta pessoas que utilizaram iniciativas como o CBP One, um aplicativo que permitia o agendamento da entrada no país, e programas de acolhimento de migrantes de Cuba, Nicarágua, Venezuela e Haiti. O objetivo é expandir os poderes da Agência de Imigração e Alfândega (ICE) para além da fronteira sul, possibilitando a remoção mais célere de migrantes, sem levar em consideração o status legal temporário que lhes foi concedido.
A medida, que também pode afetar imigrantes de países como Afeganistão e Ucrânia, foi amplamente criticada por defensores dos direitos dos imigrantes e ex-funcionários da administração Biden. Os programas de imigração do governo Biden, originalmente voltados para oferecer caminhos legais e desestimular a imigração ilegal, haviam sido alvo de críticas de republicanos, que os viam como mecanismos para facilitar a entrada ilegal no país. Estima-se que cerca de 1,4 milhão de pessoas possam ser afetadas pela nova política.
A resposta à mudança foi rápida, com organizações como a ACLU questionando sua legalidade. Especialistas alertam para possíveis violações da lei federal e dos direitos constitucionais dos migrantes. A medida pode ter um impacto significativo nas comunidades que receberam imigrantes de diversos países, criando um clima de incerteza sobre o futuro de muitos indivíduos que chegaram aos Estados Unidos em busca de proteção temporária.