O presidente Donald Trump anunciou, nesta segunda-feira, a retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas, marcando a segunda vez que o país se retira do pacto global. O movimento coloca os EUA ao lado de nações como Irã, Líbia e Iémen, que também estão fora do acordo de 2015, cujo objetivo é limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais. A decisão reflete a postura cética de Trump em relação às mudanças climáticas e sua agenda voltada para a expansão da exploração de petróleo e gás no país.
A medida foi anunciada em um evento em Washington, com Trump assinando o decreto de retirada na frente de seus apoiadores. A decisão ocorre em um contexto de crescente ceticismo do presidente sobre a urgência das mudanças climáticas, uma posição que também foi evidenciada durante seu primeiro mandato. Embora a retirada seja uma reversão do compromisso inicial dos EUA, a expectativa é que o processo seja mais rápido desta vez, devido à flexibilidade do acordo em relação ao prazo de saída.
Apesar da retirada, representantes internacionais, como o secretário-geral da ONU, mantêm a esperança de que estados, cidades e empresas dos EUA continuem a agir em prol de um futuro de baixo carbono e crescimento econômico sustentável. A ONU reafirmou a importância de manter os Estados Unidos como líderes nas questões ambientais, ressaltando que os esforços globais devem ser intensificados para combater os impactos das mudanças climáticas.