Em um de seus primeiros atos após assumir a presidência, Donald Trump anunciou a saída dos Estados Unidos do Acordo do Clima de Paris, uma decisão que revoga a medida adotada por seu antecessor, Joe Biden. Durante seu discurso de posse, Trump enfatizou que a nova política energética visa aumentar a exploração de petróleo e gás no país, com o objetivo de reduzir os preços da energia e reabastecer as reservas estratégicas. O presidente também destacou que a produção local de energia será ampliada, e os Estados Unidos passarão a exportar mais recursos para o exterior.
A mudança reflete a prioridade dada pela administração Trump à indústria energética tradicional, ao contrário das políticas de incentivo às energias renováveis adotadas por Biden. O novo governo visa facilitar a escolha dos consumidores em relação aos produtos energéticos, incluindo veículos e aparelhos domésticos, sem restrições ambientais. Entre as medidas mencionadas, estão a revogação de regulamentações que, segundo Trump, prejudicam a produção de energia e o fim de projetos como parques eólicos, que considera prejudiciais às paisagens naturais.
A decisão de retirar os EUA do Acordo de Paris coloca o país ao lado de outros poucos nações fora do tratado internacional que visa limitar o aquecimento global. O acordo, assinado em 2015, busca conter o aumento da temperatura global a menos de 2°C até o fim do século. No entanto, em 2024, a temperatura média global já havia registrado um aumento de 1,6°C em relação aos níveis pré-industriais, refletindo as crescentes preocupações ambientais a nível mundial.