Um dos primeiros atos de Donald Trump ao reassumir a presidência dos Estados Unidos foi assinar um decreto que retira o país do Acordo de Paris e da Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa ação retoma uma decisão que já havia sido tomada em 2017, quando Trump iniciou o processo de saída do compromisso climático, finalizado em 2020, mas revertido quando Joe Biden assumiu o cargo. Agora, com a nova decisão, os Estados Unidos ficam ao lado de países como Irã, Líbia e Iémen, que não aderiram ao Acordo de Paris, e deixam a OMS, apesar de sua histórica participação na criação da organização.
A repercussão da decisão foi imediata na ONU e na OMS. A Organização das Nações Unidas lamentou a saída, destacando a importância do país em questões ambientais, enquanto o porta-voz da OMS também expressou preocupação, ressaltando o papel crucial da organização na saúde global. O diretor-geral da OMS pediu que Trump reconsiderasse sua posição, mas a decisão de saída foi formalizada com uma carta oficial, que estabelece um prazo de um ano para a retirada. A ação de Trump impacta a preparação para a COP 30, que ocorrerá no Brasil, com a presidência do diplomata André Corrêa do Lago.
Apesar da saída do Acordo de Paris, os Estados Unidos continuam sendo membros da Convenção do Clima, e várias entidades locais, como estados e cidades, seguem comprometidas com iniciativas de combate às mudanças climáticas. A liderança dos EUA no setor tecnológico e em ações ambientais regionais é vista como essencial, o que torna a saída do acordo um desafio significativo para o andamento das discussões globais. A decisão de Trump é um claro posicionamento político, com repercussões amplas tanto para a política interna quanto para a diplomacia internacional relacionada às mudanças climáticas.