Em um discurso recente, Donald Trump anunciou a intenção de rebatizar o Golfo do México como Golfo da América, além de sugerir ações militares para retomar o Canal do Panamá e até reivindicar a Groenlândia, um território dinamarquês. As declarações geraram reações internacionais, com a presidente do México fazendo uma proposta irônica de renomear os Estados Unidos para América Mexicana, enquanto autoridades da França alertaram sobre a defesa das fronteiras europeias, particularmente a da Dinamarca. A proposta de Trump, embora desafiadora, gerou discussões sobre suas reais intenções e sobre como essas declarações refletem sua postura em termos de poder global.
Embora as sugestões de Trump possam parecer exageradas ou até inviáveis, elas são consistentes com sua abordagem de política externa, que busca projetar poder e influência em todo o Hemisfério Ocidental e além. Durante seu mandato, ele tem adotado uma postura combativa, especialmente em relação a potências como a China, sinalizando uma guerra comercial mais ampla e assertiva. Essa abordagem também se reflete em sua tendência de aplicar políticas internas autoritárias no cenário global, demonstrando que pretende assumir o controle em diversas questões internacionais, independentemente das consequências.
A principal mudança em relação ao primeiro mandato de Trump é o fortalecimento de seu poder, já que, em sua segunda presidência, ele possui mais autoridade para implementar suas políticas. Contudo, ao mesmo tempo, o cenário internacional se tornou mais desafiador, com uma maior quantidade de países prontos para contestar sua liderança. Esse contexto gera incertezas sobre como o mundo reagirá a uma postura cada vez mais unipolar e agressiva por parte dos Estados Unidos.