O presidente eleito Donald Trump está avançando com planos para implementar tarifas universais sobre importações, um compromisso central de sua campanha. A proposta inclui uma taxa geral de 10% para todos os países e uma tarifa de 60% sobre produtos chineses. Embora assessores comerciais estejam ajustando a estratégia para alinhar as promessas à realidade econômica e política, a possibilidade de priorizar setores estratégicos antes de adotar um programa tarifário mais amplo está sendo avaliada, destacando desequilíbrios comerciais e incentivando a manufatura doméstica.
As discussões internas revelam divergências entre membros da equipe econômica de Trump sobre o impacto das tarifas no mercado financeiro e nos preços ao consumidor. Alguns defendem medidas mais brandas para mitigar possíveis consequências negativas, enquanto outros consideram as tarifas uma ferramenta essencial para negociação e equilíbrio comercial. A escolha de Scott Bessent para o Tesouro e Howard Lutnick para o Comércio reflete um debate sobre a abordagem ideal, enquanto aliados próximos, como Peter Navarro e Jared Kushner, reiteram a necessidade de fortalecer a competitividade americana com base em princípios justos de mercado.
Apesar de a política ainda estar em desenvolvimento, Trump reafirmou seu compromisso com tarifas amplas, negando qualquer intenção de reduzir sua proposta inicial. Em declarações recentes, ele destacou a importância de criar condições equitativas para a indústria americana competir globalmente. A estratégia busca equilibrar as prioridades econômicas, políticas e comerciais, um tema que promete ser central no início de seu mandato.