O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, sugeriu em uma entrevista em janeiro de 2025 a mudança do nome do Golfo do México para “Golfo da América”. Trump justificou a proposta afirmando que os Estados Unidos realizam grande parte das atividades na região e que o novo nome seria mais apropriado. Sua declaração gerou reações tanto nos Estados Unidos quanto no México, com a deputada republicana Marjorie Taylor Greene indicando que apresentaria um projeto de lei para formalizar a mudança. No entanto, a proposta de Trump enfrenta desafios significativos, já que o Golfo do México é reconhecido internacionalmente e envolve acordos marítimos entre os Estados Unidos, México e Cuba.
Além das reações internas nos EUA, o governo mexicano, através da presidente Claudia Sheinbaum, contestou a sugestão de Trump, propondo que os Estados Unidos fossem chamados de “América Mexicana”, citando um mapa do século XVII como justificativa. A proposta de Trump também foi criticada por autoridades mexicanas, que enfatizaram a necessidade de respeitar as delimitações internacionais existentes. Para que a mudança fosse oficializada, seria necessário o apoio não apenas de outros países envolvidos, mas também de organismos internacionais, como a Organização Hidrográfica Internacional e a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar.
Embora Trump possa tentar implementar a mudança unilateralmente nos Estados Unidos, ele precisaria da aprovação de várias entidades federais, como o Conselho para Nomes Geográficos. Este tipo de alteração não seria inédita, já que, em 2015, o então presidente Barack Obama conseguiu mudar o nome do Monte McKinley para Monte Denali. Se a proposta de Trump for aprovada, ela poderia gerar novos debates sobre a nomeação de corpos d’água e a disputa de nomenclaturas entre os países envolvidos.