O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, tem intensificado suas acusações contra o Canadá, especialmente sobre imigração ilegal e narcotráfico. Após a sua reeleição, Trump ameaçou impor uma sobretaxa de 25% sobre as importações canadenses logo no início de seu novo mandato, uma postura que surpreendeu tanto analistas quanto políticos canadenses. A retórica agressiva também incluiu provocações sobre a possível anexação do Canadá como o 51º estado americano, gerando tensões diplomáticas.
Além disso, Trump criticou o Acordo EUA-México-Canadá (USMCA), que ele próprio ajudou a negociar, afirmando que os outros países signatários não cumpriram suas obrigações. Apesar de o comércio entre os dois países ser historicamente extenso e equilibrado, Trump argumentou que o déficit comercial com o Canadá representa uma “subvenção” indevida para o país vizinho. Contudo, o desequilíbrio comercial com outros países, como a China e o México, é consideravelmente maior.
Em resposta, o governo canadense se prepara para retaliar caso as tarifas sejam implementadas, com propostas de taxas sobre produtos americanos sensíveis politicamente, como aço e suco de laranja. Economistas alertam que essas medidas poderiam prejudicar tanto a economia dos EUA quanto a do Canadá, afetando principalmente setores como o automotivo, devido à complexa integração das cadeias de produção. Mesmo diante das ameaças, muitos especialistas acreditam que o Canadá adotará uma estratégia de longo prazo para enfrentar as tensões com o governo dos EUA, com foco em preservar a estabilidade econômica.