O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que ordenará ao Pentágono a preparação da prisão de Guantánamo, em Cuba, para abrigar até 30 mil imigrantes que estão no país ilegalmente. A medida foi detalhada durante a assinatura da Lei Laken Riley, que trata da prisão e deportação de imigrantes acusados de crimes. Trump afirmou que um decreto será emitido para iniciar a ampliação da infraestrutura da prisão, visando aumentar a capacidade de detenção de imigrantes indocumentados.
A prisão de Guantánamo, inaugurada em 2002, foi inicialmente estabelecida para detenção de suspeitos de terrorismo durante a guerra contra o terrorismo, após os atentados de 11 de setembro. Apesar de promessas anteriores de fechamento por parte de administradores anteriores, a prisão segue em funcionamento, com um histórico de detenção de indivíduos ligados a organizações terroristas e algumas controvérsias quanto às condições de detenção e alegações de abusos.
Recentemente, documentos obtidos por veículos de imprensa como o New York Times revelaram que, além de prisioneiros de guerra, a base também tem sido utilizada para a detenção de migrantes interceptados no mar. A medida anunciada por Trump é vista como uma tentativa de aumentar a capacidade do governo de controlar a imigração ilegal, com Guantánamo sendo descrita como uma instalação de difícil acesso e permanência.