Donald Trump informou que, ao assumir a presidência dos Estados Unidos, delegará a gestão de seus negócios multibilionários, incluindo propriedades, hotéis e resorts, aos seus filhos. A medida visa evitar a interferência direta de Trump nos negócios enquanto ele ocupa o cargo, com todos os ativos sendo administrados em um truste. Além disso, o presidente eleito se comprometeu a não se envolver em decisões do dia a dia da Organização Trump e a manter distância das diretorias. A empresa também anunciou que um advogado externo atuará como consultor ético para evitar conflitos de interesse.
O novo arranjo, embora similar ao adotado durante o primeiro mandato de Trump, ainda enfrenta críticas de especialistas em ética. Danielle Brian, do Project on Government Oversight, apontou que muitas das medidas já haviam sido implementadas anteriormente e que a única mudança significativa foi o compromisso de oferecer um desconto às agências governamentais, como o Serviço Secreto, ao utilizar as propriedades de Trump. No entanto, a especialista questiona se essa redução de custos seria suficiente para garantir que o presidente não lucrasse com tais transações, especialmente em relação aos contratos com o governo.
A Organização Trump também destacou que os lucros provenientes de transações com governos estrangeiros serão doados ao Tesouro dos EUA, e os investimentos serão administrados por instituições externas para garantir maior independência. A empresa ainda reforçou que não firmará novos contratos materiais com governos estrangeiros, exceto em casos de transações ordinárias. O arranjo visa garantir a conformidade com as normas éticas e evitar conflitos de interesse durante a gestão de Trump na Casa Branca.