O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, tem feito declarações polêmicas sobre a expansão territorial dos EUA, incluindo a proposta de anexar o Canadá como o 51º estado, além de ameaçar usar força militar para tomar a Groenlândia e o Canal do Panamá. Trump argumenta que esses territórios trariam benefícios estratégicos e econômicos aos EUA, destacando sua importância para a segurança nacional e afirmando que os Estados Unidos já investem recursos significativos em países como o Canadá. Para o Canal do Panamá, ele alega que os custos elevados para a passagem de navios americanos são um reflexo das dificuldades enfrentadas pelo Panamá, como a seca, mas também questiona a presença de empresas chinesas no local, sugerindo riscos de segurança.
Essas declarações geraram uma série de reações negativas de líderes internacionais. O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, rejeitou a ideia de anexação, afirmando que isso só aconteceria “se o inferno congelasse”. Já o governo do Panamá destacou que a soberania sobre o canal é inegociável, considerando-a uma conquista histórica. No caso da Groenlândia, a Dinamarca, país responsável pela defesa e relações exteriores do território, afirmou que a ilha não está à venda e que somente os groenlandeses poderiam decidir sobre seu futuro. As ameaças de Trump também foram criticadas por outros países da União Europeia, que reforçaram a importância de respeitar a inviolabilidade das fronteiras e o direito internacional.
O cenário político gerado por essas declarações reflete uma postura expansionista que ressurge de forma surpreendente em plena era moderna. Embora a retórica de Trump remeta a uma ambição imperialista, ela não está sem resistência. As lideranças afetadas, incluindo o Panamá, a Dinamarca e o México, além de diversas potências europeias, reiteraram que as fronteiras internacionais devem ser respeitadas e que qualquer tentativa de mudança por força militar ou pressão econômica será rejeitada. Esse impasse mostra o crescente embate entre os interesses de um poder global e os princípios fundamentais do direito internacional.