A política comercial do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, destaca-se como uma preocupação central para a economia global, especialmente após sua posse em janeiro de 2025. Trump anunciou a intenção de implementar tarifas e impostos sobre outros países, com o objetivo de beneficiar a economia americana. Essa estratégia poderá reduzir as exportações dos EUA e gerar desafios para países como o Brasil, especialmente no setor de metalurgia, siderurgia e produtos industriais. As tarifas impostas podem resultar em uma valorização do dólar, o que afetaria diretamente os exportadores, que receberiam um valor menor pelos produtos, embora o custo, em teoria, recairia sobre os países exportadores.
A aplicação de tarifas mais altas pode gerar uma série de efeitos negativos na economia global, como o aumento da inflação nos EUA e a necessidade de juros mais altos por parte do Federal Reserve (Fed). A desaceleração econômica que se espera nos EUA poderia afetar também os investimentos, com uma migração de capital para países que pagam melhores taxas de retorno. Além disso, a pressão inflacionária nos EUA e a manutenção de juros elevados dificultariam o crescimento econômico, um cenário que tende a afetar diretamente o Brasil, que se beneficia do comércio com os norte-americanos.
Em relação ao Brasil, o impacto mais imediato seria uma possível dificuldade nas exportações, especialmente nas indústrias de transformação, como ferro e aço. Além disso, a política de Trump pode afetar a balança comercial com países como a China, um parceiro estratégico que representa uma parte significativa das exportações brasileiras. Caso a política tarifária de Trump também afete produtos chineses, isso poderia resultar em uma desaceleração na economia da China, reduzindo a demanda por produtos brasileiros. Economistas alertam para os riscos de uma guerra comercial entre os EUA e outros países, que, embora inicialmente possa beneficiar os Estados Unidos, tende a resultar em perdas para todos os envolvidos a longo prazo.