Desde 2019, Donald Trump tem demonstrado interesse na Groenlândia, sugerindo a anexação da maior ilha do mundo por razões econômicas e de segurança nacional. A Groenlândia, que é um território autônomo da Dinamarca, desperta o interesse do presidente eleito dos EUA principalmente devido a suas riquezas minerais, como terras raras, cobre e grafite, elementos essenciais para a produção de tecnologias renováveis, como veículos elétricos e turbinas eólicas. Trump chegou a mencionar o uso de força militar para garantir o controle do território, algo que contrasta com a resistência da Dinamarca e da Groenlândia, que reafirmaram que a ilha não está à venda.
O aumento do interesse de Trump pela Groenlândia está relacionado ao mapeamento recente das riquezas minerais do território. A ilha possui depósitos significativos de minerais críticos, como o neodymium e o praseodymium, que são essenciais para a transição energética global. A China já ocupa uma posição dominante no mercado de terras raras, o que levou os EUA a reforçarem sua presença na região, a fim de evitar que a China ampliasse sua influência no Ártico. A Groenlândia, portanto, não só tem valor estratégico, mas também se tornou um ponto de disputa internacional por recursos valiosos.
A motivação por trás dessa ambição expansionista pode ser vista como uma extensão do Destino Manifesto, uma ideologia histórica dos EUA que justifica a expansão territorial como parte do dever de promover o desenvolvimento e a liberdade. Embora os desafios geopolíticos e logísticos de explorar as riquezas da Groenlândia sejam imensos, a busca por controle sobre o território reflete um desejo de garantir recursos essenciais para a economia americana e sua segurança nacional. No entanto, especialistas apontam que, apesar do interesse, a exploração mineral da Groenlândia pode demorar anos para ser viável economicamente.