O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, destacou a gravidade da crise entre Ruanda e a República Democrática do Congo (RDC), descrevendo-a como um “problema muito sério”. A crise se intensificou devido ao aumento do conflito no leste da RDC, onde a presença de grupos armados, como o M23, tem gerado tensões regionais. Em uma coletiva de imprensa, Trump foi questionado sobre possíveis ações dos Estados Unidos para trazer paz à região, mas optou por não comentar sobre planos específicos, embora tenha reconhecido a seriedade da situação.
O M23, um grupo rebelde que recebe apoio alegado de Ruanda, tem avançado no território da RDC, conquistando cidades importantes, como Goma, na província de Kivu do Norte, uma região rica em recursos minerais. O governo congolês denunciou o apoio de Ruanda aos rebeldes, acusando o país vizinho de fornecer armas e combatentes. Em resposta, a RDC cortou relações diplomáticas com Ruanda, retirando sua equipe diplomática. Esse confronto está agravando ainda mais uma crise humanitária de longa data, com milhares de civis fugindo das zonas de conflito.
O grupo M23, formado por tutsis congoleses, acusa o governo da RDC de não cumprir acordos de paz e de não integrar plenamente a etnia tutsi nas forças armadas e no governo. Além disso, o M23 tem como objetivo proteger os tutsis da violência perpetrada por milícias hutus. O conflito remonta ao rescaldo do genocídio de 1994 em Ruanda, e a situação atual reflete tensões étnicas profundas que afetam a segurança e a estabilidade na região. A crise continua a atrair atenção internacional, mas soluções ainda parecem distantes.