O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou publicamente o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, e a instituição, acusando-os de falharem na resolução da inflação e de terem feito um trabalho inadequado na regulação bancária. As críticas foram feitas logo após uma decisão do Fed de manter as taxas de juros entre 4,25% e 4,50%, conforme esperado pelos mercados. Trump reiterou a sua posição de que as taxas de juros deveriam ser reduzidas imediatamente, uma declaração que já havia feito anteriormente.
Durante a reunião do Fed, a decisão de manter as taxas foi unânime entre os membros do Comitê de Política Monetária (FOMC). Powell, por sua vez, enfatizou a importância da independência do banco central, um princípio tradicionalmente defendido pela instituição para garantir decisões sem pressões externas. A visão de Powell foi apoiada por outras figuras políticas, incluindo o Secretário do Tesouro, Scott Bessent, que também defendeu a autonomia do Fed.
Trump, no entanto, questionou essa tradição e afirmou acreditar que o presidente dos Estados Unidos deveria ter maior influência nas decisões sobre as taxas de juros. Embora tenha indicado que não tentaria encerrar o mandato de Powell antes de seu término em 2026, Trump afirmou que, ao final de seu mandato, não o nomearia novamente para a presidência do Fed. Essas declarações refletem a contínua tensão entre o governo e a instituição monetária dos EUA.