O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que, a partir deste sábado, 1º de fevereiro, serão aplicadas tarifas de 25% sobre produtos provenientes do México e do Canadá. A decisão foi motivada principalmente pelo combate à imigração ilegal e ao tráfico de fentanil, um opioide proveniente da China. Trump também sugeriu que as tarifas sobre a China devem ser implementadas em breve, devido ao envio de substâncias químicas relacionadas ao fentanil. Embora o impacto sobre o petróleo de ambos os países ainda esteja sendo considerado, a medida reflete uma postura mais rígida nas negociações comerciais.
Após o anúncio, o mercado financeiro reagiu com valorização do dólar, que subiu significativamente frente ao peso mexicano e outras moedas. O presidente dos EUA destacou que a imposição de tarifas é uma forma de aumentar a arrecadação federal e reforçar os interesses econômicos americanos. Em relação ao petróleo, Trump minimizou o impacto das tarifas, afirmando que os EUA possuem os recursos necessários e não dependem tanto das importações de seus vizinhos. Ele também comentou sobre a possibilidade de taxar produtos químicos da China, como parte de uma estratégia de endurecimento das negociações comerciais.
Em resposta, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que, caso os Estados Unidos taxem produtos brasileiros, o Brasil adotará uma política de reciprocidade. Lula afirmou que não há dificuldades para que o Brasil implemente tarifas sobre produtos americanos. O comentário veio após declarações de Trump, que mencionou que países como Brasil, China e Índia têm elevado número de tarifas, prejudicando os interesses dos Estados Unidos. As negociações comerciais entre esses países continuam em um cenário de tensões e possíveis retaliações tarifárias.