O governo brasileiro observa com atenção as intenções do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de remodelar a extrema direita mundial. De acordo com fontes diplomáticas do Brasil, a estratégia de Trump envolve uma batalha prolongada para ampliar a sua influência política, especialmente por meio de apoio a candidatos e movimentos de direita em eleições, com foco inicial na Europa. A Alemanha, com eleições marcadas para fevereiro de 2024, seria um dos principais alvos, com apoio explícito de figuras como Elon Musk, associado a Trump, à extrema direita no país. França e Chile também estariam na mira, além de possíveis movimentações no Brasil para fortalecer forças políticas alinhadas à extrema direita.
No cenário internacional, o alinhamento entre Trump e grandes bilionários do setor de tecnologia, como Musk, sugere uma tentativa de testarem a resiliência de democracias ao redor do mundo. A diplomacia brasileira acredita que a primeira área de confronto será nas redes sociais, especialmente com ações para aumentar a presença de ideologias conservadoras. Para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, isso representa um desafio significativo, dado o impacto direto das plataformas digitais nas campanhas políticas e a polarização global.
Além disso, a relação entre Estados Unidos e China será um fator-chave na geopolítica global nos próximos anos, e ainda não está claro qual será o nível de confronto entre os dois países sob a nova administração americana. O Brasil, por sua vez, está atento a esses movimentos enquanto se prepara para sediar a cúpula do Brics, um grupo de países que inclui potências emergentes como a China, a Índia e a Rússia. Neste contexto, o Brasil também está buscando reduzir sua dependência de empresas de tecnologia dos EUA, como a Starlink, para garantir maior autonomia nas suas operações de comunicação.