Donald Trump toma posse como presidente dos Estados Unidos em 20 de janeiro, com uma agenda focada no protecionismo econômico, o que pode impactar negativamente as exportações brasileiras, especialmente de commodities como o aço. A proposta de aumentar tarifas de importação é vista como uma estratégia para proteger a economia americana, mas pode agravar a inflação nos Estados Unidos e pressionar o dólar frente ao real, além de afetar negativamente o mercado global.
No Brasil, a postura do governo de Luiz Inácio Lula da Silva diante de Trump deve ser pragmática, buscando estabelecer um relacionamento baseado em interesses mútuos, apesar das diferenças em suas políticas externas. Enquanto Trump tende a adotar uma abordagem isolacionista, priorizando os interesses nacionais e a diminuição da cooperação internacional, Lula aposta no multilateralismo e no fortalecimento das alianças globais, o que pode gerar desafios diplomáticos entre os dois países.
O governo brasileiro também observa com cautela a nomeação de Marco Rubio para o cargo de secretário de Estado dos EUA, dado o histórico do senador em relação à América Latina, que pode influenciar a postura dos Estados Unidos na região. A definição da autonomia que Trump dará a Rubio será crucial para entender o nível de envolvimento dos EUA com os países latino-americanos nos próximos anos.