Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta segunda-feira, 20, refletindo o impacto das novas diretrizes da administração de Donald Trump, que tomou posse no mesmo dia. Em Nova York, os mercados estavam fechados, mas investidores acompanharam atentamente as primeiras ações do governo para o setor energético. Trump declarou uma emergência nacional com o objetivo de aumentar a produção de energia e reverter as políticas climáticas implementadas pelo governo anterior. Entre as medidas anunciadas, destaca-se a intenção de liberar a perfuração de poços petrolíferos, com foco em aumentar a reserva estratégica de petróleo dos Estados Unidos.
No mercado, o petróleo WTI para março recuou 1,24%, enquanto o Brent caiu 0,79%. A pressão sobre os preços também refletiu a redução das tensões no Oriente Médio, após um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas. A recuperação dos preços do petróleo desde dezembro enfrentou resistência acima dos US$ 80 por barril, e analistas apontam que, apesar dos esforços dos EUA para aumentar a produção, os riscos geopolíticos, incluindo as tensões com potências como Rússia, Irã e Venezuela, continuam a influenciar o mercado.
A administração de Trump também indicou que buscará revisar regulamentações e racionalizar a concessão de licenças para a exploração energética. Em seu discurso de posse, o presidente ressaltou a importância de combater a inflação, que ele atribui aos gastos do governo anterior, e prometeu adotar uma abordagem mais agressiva para conter os aumentos de preços. A expectativa é que os preços do petróleo continuem sendo impactados por fatores geopolíticos e pela política energética interna dos EUA.