O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto em 20 de janeiro que determina a saída do país da Organização Mundial da Saúde (OMS). A decisão foi motivada por críticas anteriores de Trump à gestão da pandemia de covid-19 pela OMS, além da acusação de que os EUA pagam mais à organização do que outros países, como a China. Os Estados Unidos, que são o maior doador financeiro da instituição, terão um impacto significativo nas operações da OMS, especialmente em projetos de saúde global.
O decreto suspende futuras transferências de recursos do governo dos EUA à OMS e instrui as agências federais a buscar parcerias com outras entidades, tanto nos Estados Unidos quanto internacionalmente, para substituir as funções anteriormente realizadas pela organização. A nova administração também anunciou planos para revisar e possivelmente cancelar a Estratégia de Segurança Sanitária Global 2024, implementada pelo governo de Joe Biden, que visava melhorar a resposta a doenças infecciosas.
Especialistas em saúde pública alertaram sobre os riscos dessa decisão, destacando que a saída da OMS pode prejudicar a vigilância epidemiológica e o acesso dos EUA a dados cruciais sobre doenças em todo o mundo, o que afetaria negativamente o desenvolvimento de vacinas e tratamentos. A decisão ocorre em um momento crítico, quando os Estados Unidos enfrentam um surto de gripe aviária e preocupações com a possibilidade de uma nova pandemia, o que torna a retirada ainda mais preocupante para especialistas na área de saúde pública.