O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou que assinaria um decreto para que o Pentágono e o Departamento de Segurança Interna preparem a base de Guantánamo, em Cuba, para abrigar até 30 mil imigrantes ilegais. O plano visa deter criminosos considerados perigosos para a segurança do país. Embora o presidente não tenha dado detalhes sobre o processo, afirmou que muitos desses indivíduos não podem ser confiados a seus países de origem devido ao risco de retorno. O uso de Guantánamo para essa finalidade remonta a práticas passadas, como o acolhimento de migrantes interceptados na tentativa de chegar aos EUA.
A base, que já foi utilizada para prisioneiros de terrorismo durante a presidência de George W. Bush, ainda mantém 15 prisioneiros com idades entre 45 e 63 anos. Segundo oficiais do Pentágono, o plano de Trump de acomodar milhares de migrantes exigiria grandes investimentos em infraestrutura, incluindo a construção de moradias temporárias. O decreto ocorre no contexto da pressão do governo Trump para restringir ainda mais a imigração ilegal, especialmente após mudanças nas políticas de deportação e revogação de medidas anteriores.
Em relação à imigração venezuelana, a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, anulou uma extensão de proteção concedida pelo governo Biden a 600 mil venezuelanos, intensificando as restrições contra imigrantes legais. Além disso, a Casa Branca retrocedeu em outra decisão relacionada à suspensão de financiamentos e auxílios a diversas organizações, após um bloqueio judicial. O movimento reflete o esforço contínuo de Trump para endurecer a política de imigração no país.