O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou em 29 de janeiro de 2025 que assinará uma ordem executiva para redirecionar a prisão de Guantánamo, em Cuba, para abrigar até 30.000 imigrantes ilegais que não puderam ser repatriados aos seus países de origem. Trump afirmou que a instalação será usada para deter indivíduos considerados uma ameaça à segurança dos Estados Unidos, mencionando que alguns detentos são tão perigosos que os EUA não confiam em seus países de origem para mantê-los em segurança. A prisão de Guantánamo, que já foi um centro de detenção militar, agora poderá expandir seu uso para imigrantes.
A base de Guantánamo, operada pelos Estados Unidos desde 1903, tem uma longa história envolvendo detenções de diversos perfis, incluindo pessoas acusadas de terrorismo após os ataques de 11 de setembro. Desde sua criação, a instalação foi usada para diversos fins, incluindo a detenção de imigrantes, e suas instalações foram adaptadas para lidar com os detidos relacionados à “guerra ao terrorismo”. Além disso, o local é fonte de controvérsias, com Cuba considerando a presença dos EUA no território como ilegal, pedindo a devolução do espaço.
Guantánamo tem sido um símbolo de debates sobre direitos humanos e segurança nacional, com diferentes administrações americanas lidando de formas distintas com sua operação. Durante a administração de George W. Bush, a base passou a ser um centro notório para a detenção de suspeitos de terrorismo, e os detidos lá mantidos não eram considerados sob a proteção total da Constituição dos Estados Unidos. Com o governo de Barack Obama, houve uma tentativa de fechamento da prisão, mas a questão continua a gerar divisões no governo americano, com novos movimentos de Trump agora propondo novas diretrizes de uso da instalação.