O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que assinará um decreto autorizando o Departamento de Segurança Interna a enviar até 30.000 imigrantes ilegais à prisão militar na Baía de Guantánamo, em Cuba. A prisão, que foi utilizada pelo governo norte-americano para deter terroristas durante a Guerra ao Terror, atualmente mantém apenas 15 prisioneiros. Trump afirmou que a medida visa prender os criminosos mais perigosos, argumentando que alguns deles representam uma ameaça significativa para os Estados Unidos.
No mesmo evento, Trump sancionou a lei Laken Riley, que exige a detenção de imigrantes ilegais acusados de crimes graves. A legislação, recentemente aprovada pelo Congresso, permite a deportação de imigrantes sem julgamento, ampliando os crimes que podem resultar em sua expulsão imediata, como homicídios ou lesões graves. A lei é nomeada em homenagem a uma vítima de assassinato, cuja morte, segundo Trump, exemplifica a necessidade da medida.
Organizações de direitos humanos e representantes da ONU criticam a forma como os prisioneiros em Guantánamo são tratados, com muitos detidos por tempo indeterminado. A administração do ex-presidente Joe Biden havia estabelecido um plano para fechar a prisão, mas essa meta não foi alcançada. A nova medida de Trump gerou controvérsia, principalmente em relação ao tratamento dos imigrantes ilegais e às condições de detenção em Guantánamo.