O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, tem reforçado suas intenções expansionistas para o segundo mandato, incluindo a possibilidade de usar a força militar para tomar a Groenlândia e o Canal do Panamá, territórios com grande importância estratégica. Trump, durante uma coletiva de imprensa em 7 de janeiro de 2025, afirmou que a Groenlândia, maior ilha do mundo e território autônomo da Dinamarca, seria vital para a segurança nacional dos EUA. Ele mencionou a possibilidade de pressionar economicamente a Dinamarca e também brincou sobre a ideia do Canadá se tornar o 51º estado americano.
A Groenlândia, com sua rica reserva de recursos naturais, como hidrocarbonetos, ouro e minerais raros, tem se tornado cada vez mais relevante à medida que o degelo no Ártico abre novas rotas marítimas que podem encurtar o caminho entre a Ásia, Europa e América. A ideia de Trump de anexar o território, no entanto, entra em conflito com os interesses da aliança militar da OTAN, da qual a Dinamarca é membro, criando um cenário complicado caso os EUA sigam adiante com essas ameaças.
A primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, já se manifestou contra as tentativas de Trump, deixando claro que a Groenlândia não está à venda. Além disso, a política de pressão econômica proposta pelo presidente eleito dos EUA é uma estratégia que deve ser intensificada durante seu governo, mas a possibilidade de um conflito militar dentro da própria OTAN parece improvável, dado o complexo contexto geopolítico envolvido. A questão poderá, ainda, motivar um movimento de independência ou uma opção pela adesão aos Estados Unidos por parte da população groenlandesa.