O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que poderia aplicar tarifas elevadas à Dinamarca caso o país se recusasse a permitir que a Groenlândia, território autônomo dinamarquês, fosse incorporada aos Estados Unidos. Trump argumentou que a Groenlândia é estratégica para a segurança nacional dos EUA devido à presença de navios russos e chineses na região. No entanto, a Dinamarca não é um grande parceiro comercial dos Estados Unidos, com exportações limitadas a produtos como medicamentos, aparelhos auditivos e brinquedos Lego, que poderiam ser afetados por tais tarifas.
A economia dinamarquesa tem forte presença no mercado dos EUA, especialmente com a Novo Nordisk, fabricante dos populares medicamentos Ozempic e Wegovy. Esses produtos, além de vacinas e antibióticos, representam uma grande parte das exportações dinamarquesas. A empresa tem ampliado suas operações nos Estados Unidos, e a imposição de tarifas sobre esses produtos poderia impactar tanto os consumidores americanos quanto a economia dinamarquesa, que depende significativamente dessa indústria.
A proposta de Trump de incorporar a Groenlândia e suas ameaças de tarifas causaram reações mistas na Europa. A Comissão Europeia classificou os comentários de Trump como meras especulações, e analistas europeus consideraram as ameaças como uma tentativa de obter concessões políticas. Embora o presidente tenha implementado tarifas durante seu primeiro mandato, ainda não está claro quantas de suas novas ameaças se concretizarão. A possível retaliação da União Europeia seria um dos desdobramentos esperados caso Trump avance com suas ameaças.